quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Tudo tem seus dois lados.

Desde nova eu tinha meus desejos, meus sonhos... Eu sonhava com o príncipe encantado, com minha independência, com uma família, com coisas de consumo, enfim, meio mundo de coisas, não necessariamente nessa ordem...

Algumas dessas coisas perduraram. E quase naquela vibe "o universo conspira" as coisas foram acontecendo...

Namorei, namorei, e encontrei meu marido. Ele tá a séculos de distância do príncipe encantado. É do tipo Shrek (só que gateeenho^^). kkkkkkkkk.. mas foi o tempo que me mostrou que não existe príncipes, e que cada um tem o cara que merece... sim, pq o meu já fez altas M..., e eu já fui abestalhada, mas os anos passam e vc "desabestalha" e passa a ser mais exigente, e o dito cujo vai amadurecendo, seja com vc ou não, mas se for, como foi o meu caso, que seja com ele provando que quer crescer com vc. Mas esse não é o ponto que quero chegar... não quero expressar aqui minha indignação com casos de mulheres que aceitam homens egoístas, em nome de amores cegos aliados a falta de amor-próprio... até pq eu já passei por isso, mas aprendi com o erro. Marido não é perfeito, impossível ser, mas ainda consegue fazer com que eu me apaixone por ele cada vez mais... Mesmo com seus defeitos. As virtudes e a vontade dele de crescer/amadurecer/se esforçar por nós me arreiam os 4 pneus... huhuhuhu

Também consegui minha independência. Meu grito foi cedo, mas até hj eu pago impostos. Passei num concurso aos 20, federal, mas de nível médio. Tô longe de ser rica e nadar no luxo, mas o dindin pouco é certinho e paga meu ap, carro e as contas e mais contas... O preço que pago mais amargo é que graças a ele eu AINDA não me formei. Entrei na facul em 2004, saí em 2005, passei no concurso e em outra facul em 2006 e desde então que protelo... mudei de cidade, transferi a facul, as grades endoidaram e enfim, ainda sou universitária... (que fofo...#NOT¬¬) Mas né, um dia eu termino... kkkk

Brinco qdo converso com minha irmã dizendo que ela não me tome como base pq eu fiz tudo numa ordem diferente... normalmente as pessoas estudam, se formam, trabalham, casam e tem filhos. Comigo  é assim: estudou, trabalha, casou, estuda, vai ter filhos, estuda, e só dps me formo... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... Há quem diga que minha ordem é mais legal... Thanks a vcs!^^

Mas o ponto que quero chegar é o seguinte: TUDO NA VIDA TEM PRÓS E CONTRAS, tem 2 lados, tem o lado bom e o ruim.
O ditado tá aí, mas eu vi na vida mesmo. Tudo que passei teve um lado trash e um lado lindinho... coube a mim fazer do trash carga de aprendizado e experência, e do lindinho a delícia da lembrança e alimento pra minha felicidade.. esta que nao é constante, e constatar e aceitar isso, meio que loucamente, ajuda a trazer felicidade. Louco né? Mas eu ainda custo a enfiar isso na cabeça as vezes...^^

A maternidade vem aí. Sempre sonhei com isso. Com barriga crescendo, com o fato de gerar um serzinho que é parte de mim e do cara que amo.. Como um coroamento da nossa história e ao mesmo tempo uma transição/consolidação dela. Tenho a sorte de isso existir. Mas não pense que eu abriria mão de ser mãe se não tivesse marido, namorado, ou que fosse... Eu tinha me mente que se eu chegasse a um ponto na vida que não tivesse ng eu faria produção independente lindamente... huhuhu.. a vontade de ser mãe sempre foi grande.

Mas eu sempre soube que ser mãe é hard. Nunca me iludi. Sempre soube que grávida se embaranga (mas o investimento em cremes é grande.. cheirosa gente fica! kkkkk....) por mais que seja um momento único e mágico. Ficamos redondas, o guarda-roupa simplesmente fica inútil, o sexo com o passar da gravidez vai ficando mais difícil e escasso, as noites vão ficando cada vez mais mal dormidas, seu corpo passa por sensações esquisitas/doloridas, etc... Fora o medo do parto, a dúvida normal ou cesárea, a saga por um GO que atenda suas necessidades maternas físicas e emocionais, o dinheiro pouco que fica mais pouco ainda e vc entra no vermelho (no meu caso), as neuroses por não saber de nada, por sentir as coisas e se perguntar "isso é normal?", aguentar comentários sem noção do tipo, "vc está muito gorda", "sua barriga é de gêmeos", "seu nariz já mudou", etc.,enfim... é tanta coisa...

Mas. bizarramente, tudo isso desaparece no ar qdo penso no que está dentro de mim. Sabe aquela coisa de o tempo pára? pois é.

Fora que é uma experiência tão sua. Vc que sente as dores, vc que sente os chutinhos... Vc que tem suas conversas telepáticas com o bebê, vc que ri sozinha, que tem essa "intimidade" absurda" com a causa de tanta mudança: seu bebê.

Não sei como vai ser qdo ele sair. Qdo ele nascer.
O que sei é que vou virar uma vaquinha leiteira com a função mór de amamentar e cuidar dele. E que não vou ter 8h de sono, que vou ficar exausta/malacabada, sem tempo pra nada, e ainda correndo o risco de ter crises de choro do tipo "socorroooo"... ^^
Entre "otras cositas más".
Mas acho que nós mulheres nascemos pra isso. Maquininhas reprodutórias. Foi mal aí se soou machista. =P
Mas acho. Salvo se não temos condições de dar o que a prole precisa, em termos de necessidades financeiras e educacionais (educação em casa, a escola tá no finaceiro.huhuhuh), tudo bem. Mas se vc tem capacidade de dar isso, mesmo que não seja nadando no luxo ou com a tutoria de psicólogos da maternidade, why not?

Medo pra mim tem um quê de egoísmo. E sim, eu tenho medo. Eu sou egoísta. Claro que penso no sono perdido, no corpitho que se vai (mas é clarooo que vou correr atrás do preju dps, na diminuição considerável dos momentos eu/ele... aliás, uma sorte é que ele sempre quis ser pai. E tipo, ele não tem medo e me apoia mesmo, tanto no carinho, curtindo a gravidez (minha barriga é playground de interações dele com o baby...^^), qto no cuidado, vigiando minha dieta, fazendo zilhões de massagens nos pés, nas costas, e tipo, diretooooo, mesmo que as vezes ele venha disfarçando que queria estar fazendo ouitra coisa(kkkkkkk), fora que qto a cama, zero estresse dele. Quem se estressa nesse caso sou eu (#taradafeelings kkkkkkkk..)..

Enfim, a vida vai mudar. Vão ser trocentos sacrifícios. Eu sei.
Mas cabe a mim enxergar e vivenciar isso tudo de um jeito x. E sou eu eu quem escolho esse jeito.
E eu quero optar pelo lado lindinho, pq qdo o trash vem, eu lembro que felicidade nãe é constante, curto o momento, aprendo com ele e procuro me sentir bem.
Não vai ser perfeito. Mas sinto como se fosse uma das minhas missões na vida, como já disse em um post aki...
Mas vai ser divino. Já está sendo.

Ser mãe não é padecer no paraíso? Então lá vamos nós a esse sofrimento mágico. rsrsrsrsrsr...^^

=*


PS: Inspiração de pôr pra fora essa palavrinhas graças a minha amiga amada e tb cheia de emoções gravídicas^^ Manu Tatu, tb gravidinha, e a esse texto aqui: http://elise-saladamista.com.br/2012/01/31/far-away-from-wonderland/ .


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